quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Chuva de Sapos nas Federais

Quem lembra daquela chuva de sapos no filme Magnolia (1999)?


Com condições de instalações abandonadas, serviços de limpeza defasado, reformas esquecidas, computadores antigos, falta de água e ar condicionado quebrado, estudam aproximadamente 251.059 alunos que suportam as condições em busca do conhecimento e pela qualidade excelente dos professores, esses por outro lado, não suportam a estrutura, visto que, são mestres e doutores a maioria  estudou mais de 8 anos, alguns formaram-se em outros países e sentiram o choque cultural com universidades bem estruturadas e professores bem pagos. Com uma visão coerente de qual deveria ser o investimento do país os professores abrem os olhos dos alunos, que muitas vezes ainda continuam relutantes pensando de forma egoísta apenas que será um tempo a mais para a conclusão do curso. De fato,não somos a favor da greve, defendemos que ela não deveria existir, a greve indica uma grande falha social e econômica sua existência prova que a estrutura de nosso país ainda não está evoluída para fazer acordos pacíficos e dignos.
Nossos professores,que além de reivindicar por melhorias na infra-estrutura também reivindicam por salários melhores, segundo o AACSB (Clique aqui para ler o artigo) o salário de um professor brasileiro no alto de sua carreira é 3 vezes menor que o de  um professor de ensino superior iniciante nos EUA.
Diante desta situação o governo de nosso país ainda propôs reajuste de 25% a 45% em três anos para os nossos professores como a mídia informou, contudo, em nenhum momento foi informado que esse reajuste desconsidera as perdas inflacionárias em torno de 15%, acumuladas desde de 2010, assim como desconsidera a inflação de 2013-2015 estimada entre 12% e 15%, ou seja, ao invés de aumentar os salários ele se manteria proporcional ao que já está, mas o posicionamento da mídia em todo momento parecia,que os professores estavam organizando uma algazarra.
Claro que, os alunos se sentiram em uma chuva de sapos, principalmente ao retornarem as aulas a falta de interesse ataca até os alunos mais aplicados, talvez não só pela paralisação durante 4 meses e sim pela paralisação por exigirmos um direito que é básico nosso, pois somos os futuros administradores do país e atuais representantes dele, sem condições básicas para estudar fica díficil possuir ganas para representar o país que vê você como uma moeda de troca em momentos políticos e lhe abandona quando precisa exigir seus direitos civis.
Nossa esperança é que de agora em diante, as federais não paralisem, o governo faça um reajuste digno, os canais midiáticos informem a verdade e os alunos tem uma infra-estrutura agradável e ensino de qualidade para organizarem um país, onde tais manifestações não sejam necessárias é ninguém se sinta perdido com sapos no caminho, contudo, essas perspetivas são utópicas como alunos de economia sabemos que ainda existirá muitas chuvas de sapos e não só no que diz respeito ao ensino superior.

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