Thatcher
A década de 70 sofreu uma grave crise econômica, a crise do petróleo em 1973, que trouxe consigo uma série de problemas para a economia. Essa perturbação econômica foi um campo fértil para a propagação do pensamento neoliberal e de suas práticas. A ideia de um “estado mínimo” e de liberdade no mercado foram o ponto de partida para as tomadas de decisões da ex-primeira ministra Margaret Thatcher.
Não é fácil tratar do neoliberalismo no governo Thatcher, pois há um visível misto de amor e ódio pelas políticas que a primeira ministra tomara, mas em meio a criticas e elogios pode-se destacar a devolução do dinamismo da economia britânica.
Durante o seu governo conseguiu reduzir a inflação e melhorar a cotação da libra esterlina, mas são muitos os que afirmam que o sucesso da economia britânica, no governo da dama de ferro, só ocorreu por grandes sacrifícios da população. Nos primeiros momentos de reorganização da economia britânica, aos moldes das políticas neoliberais da ex-primeira ministra, houve diminuição da produção industrial inglesa, um crescente número de desempregados e a quebra de bancos.
REAGAN
A Doutrina Reagan foi a política externa do governo de Ronald Reagan de 1981-1989. Foi uma estratégia orquestrada e implementada pelos Estados Unidos sob a administração de Ronald Reagan a opor-se a influência global da União Soviética durante os últimos anos da Guerra Fria. Embora adoutrina durou menos de uma década, foi a peça central da política externa dos EUA desde o início dos anos 1980 até o final da Guerra Fria em 1991.
CONTRIBUIÇÕES NEOLIBERAIS
Margareth
Thatcher e Ronald Reagan executaram sua política econômica Neoliberal durante o
período das décadas de 70 e 80. O contexto da época era de queda no padrão que
se sustentou efetivo até o fim da Segunda Guerra Mundial e inicio dos anos 60,
o padrão do New Deal, este padrão, pregava a alta intervenção estatal na
sociedade e na economia.
Na
década de 70, a árvore Keynesiana deixava de dar bons frutos, baixa no
crescimento econômico, aumento no desemprego, arrocho nos salários, aumento na
inflação e aumento da dívida pública, aliados ao monetarismo criaram um
ambiente favorável para proliferação de ideais neoliberais.
Com a eleição quase simultânea de Reagan e Thatcher, na década de 80, considerados ‘Political Soulmates’ (almas gêmeas da política), se baseavam no Neoliberalismo [que de acordo com o, Novíssimo Dicionário de Economia, define-se como: "Doutrina político-econômica que representa uma tentativa de adaptar os princípios do liberalismo econômico às condições do capitalismo moderno”.]
Com a eleição quase simultânea de Reagan e Thatcher, na década de 80, considerados ‘Political Soulmates’ (almas gêmeas da política), se baseavam no Neoliberalismo [que de acordo com o, Novíssimo Dicionário de Economia, define-se como: "Doutrina político-econômica que representa uma tentativa de adaptar os princípios do liberalismo econômico às condições do capitalismo moderno”.]
Ideologia
esta que por sua vez, se transformou em instrumentos de políticas econômicas
cada vez mais contrárias à intervenção estatal, deixou o sistema financeiro sob
responsabilidade do mercado; titulação hipotecária, base nos derivativos que
prometiam reduzir o risco sob investimentos financeiros, facilidade ao crédito
e aos financiamentos, o sistema de compra e venda de dívidas entre instituições
financeiras e os descontroles por meio do FED foram as bases da política
neoliberal americana das décadas seguintes.
Essas
desregulamentações foram também, as bases para a Crise Mundial de 2008.
O
neoliberalismo, apesar do efeito nefasto com a crise de 2008 foi bom (até o
estouro da bolha), aos países desenvolvidos, estimulou-se o consumo, reduziu os
gastos do governo em âmbito social, estimulou o crescimento e reduziu a
inflação. Porém foi desproporcional ao estrago feito na economia mundial que
sofremos até hoje, recessão econômica, desemprego, estagnação.
Nos
países em desenvolvimento como o Brasil, teve consequências profundas com o
Neoliberalismo iniciado por Collor. O planejamento econômico foi escorraçado do
governo, foi dado o inicio às privatizações a preço de banana das empresas com
moedas podres, falta de conjuntura econômica no Brasil (vivíamos sob o terror
da inflação), concentração de renda, aumento na dívida pública.
Foi
seguido mais brandamente pelos seus sucessores como a abertura do mercado
brasileiro e o plano real (até positivos) com Itamar Franco; FHC com as
privatizações necessárias em um primeiro momento para viabilizar a redução da
inflação (o governo emite moeda para sanar as dívidas de empresas públicas
gerando inflação), mas outras que foram desnecessárias, feitas sem
responsabilidade e com suspeita de fraude como a da empresa Vale; e o Lula que
apesar do discurso social, fez a reforma da previdência, facilitou o crédito
para investidores privados e foi a favor dos empresários agrícolas na questão
da terra.
Já nos
tempos atuais, a falta de regulamentação defendida pelo neoliberalismo, nos
trouxe ao Brasil a Crise Econômica de 2008 que freou nosso crescimento, fez com
que o governo começasse a agir, estimular o mercado interno indo contra a febre
neoliberal. Os que esperavam que o mercado se ajustasse estão com suas
economias em recessão e com alto nível de desemprego.
O
Brasil, apesar de políticas à favor do liberalismo, parece que já aprendeu que
em certos pontos é necessária a intervenção do Estado, principalmente no âmbito
macroeconômico com a boa execução de políticas fiscais e monetárias.